CONVITE



Quando uma criatura resolve se dedicar a viver a vida do modo mais pleno possível, muitas outras que estiverem por perto se deixarão contagiar. (...) se alguém se determinar a superar tudo para viver plenamente, a partir daí, outros também o farão, e esses outros incluem filhos, companheiros, amigos, colegas de trabalho(...) "QUANDO UMA PESSOA VIVE DE VERDADE, TODOS OS OUTROS TAMBÉM VIVEM." (Clarissa Pinkola Estés – do livro A Ciranda das ulheres Sábias)

Grupo de Estudos do Livro Mulheres que correm com os lobos - Clarissa Pinkola Estés


Encontros quinzenais
Rio Casca:
segundas feiras - 20:00 - consultório de psicologia - Rua Benjamim Vieira Coelho, 55. Centro.
Próximo encontro - 09-07-2012

Raul Soares
Quartas-feiras - 18:00 - Escola Estadual Benedito Valadares
Próximo encontro - 11-07.2012

quinta-feira, 3 de maio de 2012


“ Como líderes, podemos fornecer todas as condições, mas são as pessoas que devem fazer as próprias escolhas para mudar. Lembrem-se do princípio do jardim. Não fazemos o crescimento ocorrer. O melhor que podemos fazer é fornecer o ambiente certo e provocar um questionamento que leve as pessoas a se analisarem para poderem fazer suas escolhas, mudar e crescer ”
James C. Hunter – O Monge e o Executivo

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Feliz por nada


Acabei de ler “Feliz por Nada” de Martha Medeiros. É um livro pra se degustar, como bom livro de crônicas (uma sucessão de assuntos interessantes e bem escritos com leveza e inteligência), mas não consegui parar de ler. Como acontece quando estou conversando com uma amiga e a conversa vai mudando de rumo, os assuntos se encaixando um no outro, se estendendo e passam-se horas e ainda estamos ali –, à mesa pra um lanche à tarde, na sala noite adentro, almoçando na Momo e estranhando a “nova” Savassi..., ao telefone entregues a chorar, rir,  indignar, sonhar, nos sentir mais inteligentes, acreditar que a vida tem jeito, mais nós mesmas. E não da vontade de parar e ir para outro compromisso (mesmo que seja com outra querida amiga), de ir dormir(mesmo que o dia seguinte te exija acordar cedo), de pegar estrada de volta pra casa..., de desligar o telefone (apesar da conta...)

Estou grata porque o livro estendeu esse sentimento (que começou no início da semana) por mais alguns dias – já que aproveitei todos os intervalos entre um atendimento e outro, um compromisso e outro, um dia e outro. Com certeza vou reencontra-lo em outros momentos, como é certo – porque Deus me ama – reencontrar minhas queridas amigas-irmãs-mestras e continuar a boa prosa que nunca termina. Feliz por Nada me lembra saber que elas existem, estão aí ao alcance, mesmo quando quilômetros nos separam. É saber que esse “nada” é um Tudo que sustenta a alma e sua falta emburrece tanto quanto falta de hormônio e depressão. O que me faz pensar que mais vale manter o estoque de Ocitocina em dia do que lançar mão de sertralina ou algo que o valha (guardadas as devidas indicações quando necessárias). No momento, estou abastecida. Feliz por nada.
Berenice

terça-feira, 6 de março de 2012

Uma singela homenagem para lembrar o quanto ser mulher é especial!

E Deus Fez a MULHER!

Quando Deus fez a Mulher, ele estava no sexto dia de trabalhar até depois do expediente. Um anjo apareceu e disse:
_ Porque você está gastando tanto tempo fazendo isso?
E o Senhor respondeu:
_ Você viu a planilha de especificações técnicas dela? Ela tem que ser totalmente lavável, mas não pode ser de plástico, tem mais de 200 partes móveis, todas intercambiáveis, ter um colo que pode acolher quatro crianças de uma vez, ter um beijo que pode curar qualquer coisa desde um joelho arranhado até um coração partido e ter dois pares de mãos.
O anjo ficou impressionado com as exigências.
_ Dois pares de mãos?!! E isso é só o modelo básico??... Isso é demais para um dia só de trabalho. Senhor, deixe para terminar amanhã.
_ Mas eu não posso, protestou o Senhor. Estou tão perto de terminar esta criação e está tão perto do meu coração. Ela vai curar até a si mesma quando estiver doente, e será capaz de trabalhar 18 horas por dia.
O anjo se aproximou e tocou a Mulher.
_ Mas a fizeste tão frágil,Senhor.
_ Ela é frágil, o Senhor concordou, mas eu também a fiz resistente. Você não tem idéia do que ela é capaz de suportar ou conquistar.
_ Ela será capaz de pensar? Perguntou o anjo.
O Senhor respondeu:
_ Não só será capaz de pensar, como de argumentar e negociar.
O anjo viu alguma coisa e, estendendo a mão, tocou a face da Mulher.
_ Oh, parece que tem um vazamento nesse modelo. Eu disse que o Senhor estava tentando colocar coisa demais nela.
_ Isso não é um vazamento, corrigiu o Senhor, isso é uma lágrima!
_ E para que serve? perguntou o anjo.
O Senhor disse:
_ A lágrima é sua maneira de expressar sua alegria, tristeza, dor, desapontamento, solidão, luto, e principalmente,... seu amor.
O anjo estava impressionado:
_ És um gênio, Senhor!... Pensou em tudo! Essa sua criação é realmente impressionante!
_ Sim! Mulheres têm forças que impressionam os homens. Elas suportam dificuldades e carregam fardos, mas mantêm a alegria, amor e o contentamento. Elas sorriem quando querem gritar. Cantam quando querem chorar. Choram quando estão felizes e riem quando estão nervosas. Lutam por aquilo que acreditam. Erguem-se contra a injustiça. Não aceitam "não" como resposta, quando acreditam que há uma solução melhor. Passam sem algo, para que sua família possa ter. Acompanham um(a)amigo(a) assustado(a)ao médico. Amam incondicionalmente. Choram quando seus filhos se destacam e rejubilam-se quando seus amigos são premiados. Ficam felizes quando ouvem sobre um nascimento ou um casamento. Seus corações se partem quando um amigo morre. Elas se enlutam pela perda de um membro da família, no entanto são fortes quando se pensa que não há mais força. Sabem que um abraço e um beijo podem ajudar a curar um coração partido. Mulheres vem em todos os tamanhos, cores e formas. Elas vão dirigir carros, pilotar aviões, andar, correr ou mandar e-mails para mostrar quanto elas se importam com as pessoas. O coração de uma mulher é o que faz o mundo continuar girando! Elas trazem alegria e esperança. Têm compaixão e ideais. Se doam, dão apoio moral a seus amigos e familiares. E têm coisas vitais à dizer.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

"Aprendi (o que o caminho me ensinou) a caminhar cantando como convém a mim e aos que vão comigo.Pois já não vou mais sozinho"

Thiago de Mello


Pois aqui está a minha vida.
Pronta para ser usada.
Vida que não guarda
nem se esquiva, assustada.
Vida sempre a serviço
da vida.
Para servir ao que vale
a pena e o preço do amor
Ainda que o gesto me doa,
não encolho a mão: avanço
levando um ramo de sol.
Mesmo enrolada de pó,
dentro da noite mais fria,
a vida que vai comigo
é fogo:
está sempre acesa.  
Vem da terra dos barrancos o
jeito doce e violento
da minha vida: esse gosto
da água negra transparente.  
A vida vai no meu peito,
mas é quem vai me levando:
tição ardente velando,
girassol na escuridão.  
Carrego um grito que cresce
Cada vez mais na garganta,
cravando seu travo triste
na verdade do meu canto.  
Canto molhado e barrento
de menino do Amazonas
que viu a vida crescer
nos centro da terra firme.
Que sabe a vinda da chuva
pelo estremecer dos verdes
e sabe ler os recados
que chegam na asa do vento.
Mas sabe também o tempo
da febre e o gosto da fome.  
Nas águas da minha infância
perdi o medo entre os rebojos.
Por isso avanço cantando
Estou no centro do rio
estou no meio da praça.
Piso firme no meu chão
sei que estou no meu lugar,
como a panela no fogo
e a estrela na escuridão.
O que passou não conta?
Indagarão as bocas desprovidas.
Não deixa de valer nunca.
que passou ensina
com sua garra e seu mel.
Por isso é que agora vou assim
no meu caminho. Publicamente andando
Não, não tenho caminho novo.
O que tenho de novo
é o jeito de caminhar.
Aprendi
(o que o caminho me ensinou)
a caminhar cantando
como convém a mim
e aos vão comigo.
Pois já não vou mais sozinho.  
Aqui tenho a minha vida:
feita à imagem do menino
que continua varando
os campos gerais
e que reparte o seu canto
como o seu avô
repartia o cacau
e fazia da colheita
uma ilha do bom socorro.  
Feita à imagem do menino
mas a semelhança do homem:
com tudo que ele tem de primavera
Vida, casa encantada,
onde eu moro e mora em mim,
te quero assim verdadeira
cheirando a manga e jasmim.
Que me sejas deslumbrada
como ternura de moça
rolando sobre o capim.  
Vida, toalha limpa
vida posta na mesa,
vida brasa vigilante
vida pedra e espuma
sol dentro do mar,
estrume e rosa do amor:
a vida. 
Há que merecê-la


sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

"Estamos demasiado habituados a rezar as nossas alegrias ou as nossas dores, as nossas esperanças ou os nossos desalentos. No fundo, rezamos aquilo que está manifesto, desenhado por um sorriso ou por uma lágrima, assinalado por uma data...

Neste dia* queria rezar aqueles sentimentos itermédios, aquelas vontades secretas que nos habitam, aqueles sonhos que pulsam ainda sem uma forma definida, mas que nos colocam no caminho da esperança e da escuta. Protege em nós, Senhor, a semente daquela primavera que ainda não vemos, mas cuja gestação escondida o Teu Espírito já começou".
José Tolentino de Mendonça Citado por minha amiga Flavia
(*grifo meu)

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Um corpo com asas - Rubem Alves

" O corpo é a Palavra que se fez carne: um ser leve que voa por espaços distantes, por vezes mundos que não existem, pelo poder do pensamento. Pensar é voar. Voar com o pensamento é sonhar...
É o poder de sonhar que nos torna humanos. É nisto que a psicanálise acredita. Somos sonhos cobertos de carne. Por isto que, diferente dos médicos, que apalpam, olham, examinam e medem os sintomas físicos do corpo, ela se dedica a ouvir as palavras. Pois é nelas que moram as coisas que não existem, os sonhos, os pensamentos que nos fazem voar...
As palavras nos dizem que estamos destinados a voar, a saltar sobre abismos, a visitar mundos inexistentes: “pontes de arco-íris que ligam coisas eternamente separadas”. Pelo poder da palavra ela pode agora navegar com as nuvens, visitar as estrelas, entrar no corpo dos animais, fluir com a seiva das plantas, investigar a imaginação da matéria, mergulhar no fundo de rios e de mares, andar por mundos que há muito deixaram de existir, assentar-se dentro de pirâmides e de catedrais góticas, ouvir corais gregorianos, ver os homens trabalhando e amando, ler as canções que escreveram, aprender das loucuras do poder, passear pelos espaços da literatura, da arte, da filosofia, dos números..." ( Rubem Alves – "A Alegria de Ensinar" pag: 43- 46)


segunda-feira, 9 de janeiro de 2012